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07/08/18 às 10:34 / Atualizada: 07/08/18 às 11:05

Goiás - Grupo preso suspeito de traficar armas e drogas para SC e RJ movimentava R$ 10 milhões por mês; um foi preso em Cocalinho (MT)

Corporação apontou ainda que dois integrantes agiam de dentro de presídios; já os outros quatro mantinham uma vida de luxo. Carros importados, armas e R$ 200 mil foram apreendidos.

Vitor Santana e Sílvio Túlio, G1 GO

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Goiás - Grupo preso suspeito de traficar armas e drogas para SC e RJ movimentava R$ 10 milhões por mês; um foi preso em Cocalinho (MT)

Presos em Goiás e no Matro Grosso foram apresentados pela Polícia Civil

Foto: Vitor Santana/G1

A Polícia Civil de Goiás prendeu um grupo suspeito de traficar armas e drogas para Santa Catarina e favelas no Rio de Janeiro. O caso foi apresentado à imprensa na manhã desta segunda-feira (6). De acordo com as investigações, eles movimentavam cerca de R$ 10 milhões por mês. A corporação informou ainda que parte da organização atuava de dentro de presídios e os outros envolvidos, que estavam soltos, levavam uma vida de luxo.
 
Batizada de "Espectro", a operação prendeu, ao todo, quatro pessoas. W. A. D. e K. M. C. foram detidos em Goiás (Senador Canedo e Goiânia), T. A. de S. em Mato Grosso (Cocalinho), e M. G. C. em Santa Catarina (Itajaí).
 
Além deles, A. L. de O. L. , que já está preso também em Itajaí, e H. D. O. F. , que cumpre pena em Aparecida de Goiânia, também são apontados como membros dessa facção criminosa.
 
A Polícia Civil não soube informar o nome dos advogados dos presos na operação. Durante a apresentação, os suspeitos mantiveram-se em silêncio.
 
Com o grupo, polícia apreendeu oito carros importados; suspeitos moravam em condomínios de luxo (Foto: Vitor Santana/G1)
Com o grupo, polícia apreendeu oito carros importados; suspeitos moravam em condomínios de luxo (Foto: Vitor Santana/G1)
 
Vida de luxo
 
A forma de atuação do grupo deixou espantado até mesmo o delegado Francisco Costa, adjunto da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e responsável pelo caso.
 
"O que nos chamou a atenção foi um grupo de Goiás abastecendo com drogas e armas favelas no Rio de Janeiro. Com o dinheiro, eles levavam uma vida de luxo, morando em condomínios fechados, frequentando bons restaurantes para se passar por empresários", disse.
 
Com o grupo foram apreendidos oito veículos de luxo, que somam cerca de R$ 700 mil, oito armas, munição, máquinas para contar dinheiro e cerca de R$ 200 mil em dinheiro vivo.
 
"Eles movimentavam uma quantia muito grande. Eles comercializavam uma tonelada de pasta base de cocaína por mês em Goiás. Um uma única conta de laranja, nós identificamos uma movimentação de R$ 135 milhões em um ano", completou.
 
Armas e R$ 200 mil em dinheiro foram apreendidos com os suspeitos (Foto: Vitor Santana/G1)
Armas e R$ 200 mil em dinheiro foram apreendidos com os suspeitos (Foto: Vitor Santana/G1)
 
Esquema
 
Cada um tinha uma função dentro da organização, que era chefiada por André de dentro do presídio. Thiago é apontado como o responsável por conseguir armas desviadas da Bolívia e que entravam no país pelo Paraguai. Já Maycon era quem lavava o dinheiro do grupo, comprando carros e imóveis de luxo. Hudson era o gerente operacional, encarregado de fazer as negociações. Webert se passava por empresário em Goiânia, mas era quem recolhia o dinheiro para o grupo é depositava em contas de laranjas.
 
Por fim, Kleber era quem cuidava do transporte das armas e drogas para o grupo. De acordo com a corporação, ele também foi quem comprou o avião abatido pela FAB, em junho do ano passado, em Jussara, com 600 kg de cocaína.
 
A investigação durou cinco meses. Segundo a polícia, esse grupo chefiava o tráfico de drogas e armas para uma facção criminosa em Goiás e são responsáveis por cerca de 20% dos homicídios na Grande Goiânia.
 
Questionado sobre que medidas estão sendo tomadas para coibir que presos continuem cometendo crimes de dentro do presídio, o secretário de Segurança Pública, Irapuã Costa Júnior, se limitou a dizer que "vai ser feito o que foi feito agora, prender as quadrilhas" e que "a polícia continuará fazendo o papel dela

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