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03/07/18 às 17:42

Como as empresas estão melhorando a qualidade de vida de seus funcionários

Jornada de trabalho flexível, home office e programas de saúde e bem-estar são algumas das iniciativas adotadas

Débora Ramos

AguaBoaNews

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Como as empresas estão melhorando a qualidade de vida de seus funcionários

Foto: Divulgação

De acordo com pesquisa do Instituto Global de Bem-Estar, em empresas onde a qualidade de vida dos profissionais não é importante, o nível de estresse chega a 41%. Já quando esses fatores são levados em conta, o índice cai para 17%. Para ter uma equipe produtiva,  feliz e motivada, é necessário pensar em boas práticas no ambiente de trabalho, fato este observado por grandes companhias ao redor do mundo.
 
Programas de bem-estar e saúde são implementados pelas empresas com o objetivo de oferecer jornadas menos desgastantes de trabalho, bem como para proporcionar uma maior qualidade de vida aos colaboradores. Google, HP e Kraft são exemplos de empresas que adotam horários flexíveis para funcionários em diversas funções, para que eles tenham mais autonomia e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
 
Além dos horários flexíveis, há aquelas companhias que também levam muito a sério o conceito do trabalho remoto - ou home office. É o caso da Philips, que oferece a estrutura necessária para os funcionários trabalharem remotamente. Em entrevista para a Revista Exame, Renato Barreiros, diretor de recursos humanos da empresa, afirmou que apenas 15% dos funcionários têm local fixo no escritório. Cerca de 800 colaboradores têm políticas estabelecidas de trabalho remoto e outros 150 passam 90% do tempo fora da empresa.

Em alguns lugares, há até massagistas. O profissional faz o trabalho em um local reservado para este fim, apenas fazendo uso de uma maca portátil e de óleo de massagem. É o caso da Bayer, que tem espaço de massoterapia e outras iniciativas, como jornada flexível de trabalho para funções administrativas, home office para profissionais com cargo de liderança uma vez por semana e suporte para problemas pessoais.
 
Vanessa Lopes, analista de recursos humanos, acredita que essas iniciativas são ainda mais importantes devido ao alto acúmulo de atividades que as pessoas possuem nos dias de hoje. “Poder sair de casa em um horário que o transporte público não esteja tão cheio é uma vantagem para o profissional e para a empresa. Esta pessoa certamente vai chegar no trabalho menos cansada e sua produtividade vai aumentar”, diz. “As questões de saúde e bem-estar também são importantes pelo mesmo motivo. Ninguém alcança o máximo de resultado e satisfação no trabalho se não estiver bem”, complementa.
 
Mudança do mercado
 
Quem está causando uma transformação no mercado de trabalho são os millennials, pessoas nascidas entre 1980 e 1995. De acordo com Lopes, mesmo com a crise econômica  enfrentada pelo Brasil e outros fatores que impactam nas contratações, atualmente são eles que escolhem onde vão trabalhar. Para atrair esse público, as empresas trabalham o employer branding, que resumidamente é a marca da empresa como empregadora.
 
Mas a tarefa nem sempre é fácil. Os jovens não querem simplesmente ganhar um salário, voltar para casa, dormir e voltar no dia seguinte para o trabalho. “Os millennials não querem mais só pagar boleto no final do mês. Eles têm muita responsabilidade com a sua independência financeira, mas a carreira hoje precisa de um propósito. Eles arriscam mais que as outras gerações, trocam de empresa e buscam felicidade no trabalho”, explica a especialista. “Dentro das melhores empresas para se trabalhar, você sempre vai encontrar uma proposta de valor e benefícios que buscam diferenciar essa marca no mercado e atrair os melhores profissionais”, diz.
 
Existem, ainda, algumas iniciativas voltadas para o fomento dessas atividades corporativas  de qualidade de vida e bem-estar dos funcionários. Love Mondays e Great Place to Work, por exemplo, são empresas que fazem pesquisa de satisfação dos colaboradores, ranqueiam as melhores empresas para se trabalhar e oferecem serviços de consultoria, além de promoverem eventos de RH. “Eles têm mostrado que a experiência do colaborador com a marca é tão importante quanto a experiência do consumidor”, afirma Lopes.
 
Se as grandes companhias possuem muito dinheiro para investir no employer branding, não se pode dizer o mesmo das pequenas e médias empresas. De acordo com a analista de recursos humanos, é fato que as maiores corporações conseguem atrair mais mão de obra. No entanto, é possível desenvolver estratégias menos onerosas e que pensam na qualidade de vida dos funcionários mesmo sem tantos recursos financeiros. “Os valores gastos com plano de saúde podem ser pesados demais para as empresas menores, mas existem serviços que possibilitam que uma empresa pequena também possa oferecer benefício de saúde e bem-estar ao seu time”, sugere a analista.

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