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18/02/18 às 20:33 / Atualizada: 18/02/18 às 20:40

Inhumas (GO) - Produtor goiano deixa de investir em gado para criar galos que podem ser vendidos por até R$ 150 mil

Dono de fazenda em Inhumas mudou o foco da criação há dois anos e já possui mais dinheiro aplicado em aves da raça índio gigante do que em bois. Dúzia de ovos custa mais de R$ 1 mil.

Paula Resende, G1 GO

Edição: Clodoeste 'Kassu' AguaBoaNews

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Inhumas (GO) - Produtor goiano deixa de investir em gado para criar galos que podem ser vendidos por até R$ 150 mil

Galo índio gigante criado em Inhumas, Goiás

Foto: TV Anhanguera/ Reprodução

Criador de animais, Leonado Vicente da Silva deixou de investir no manejo de gado para se especializar na produção de galos da raça índio gigante. Dono de uma fazenda em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, ele conta que o valor de uma ave poder chegar a R$ 150 mil, quantia similar à de um boi nelore de elite.
 
“É melhor do que mexer com leite, com gado. O retorno é muito melhor. Trabalho há dois anos e já tenho retorno. Tenho mais dinheiro aplicado em aves do que em gado”, disse Silva à TV Anhanguera.
 
O criador conta que desde criança gostava de aves e isso o incentivou a mexer com os galos. “É uma paixão que eu tenho desde a infância. Desde que eu era menino, mexia com as galinhas caipiras, depois veio o índio gigante, [apostei] também pela beleza e aspecto comercial”, explicou.
 
De acordo com Silva, uma dúzia de ovos das galinhas matrizes classificadas como “diamante” é vendida a pelo menos R$ 1,2 mil. “Eu produzo e vendo tudo. Hoje tenho a produção de 70 pintinhos por semana e pretendo chegar a 400”, espera Silva.
 
Produção
 
O planejamento e a organização na produção são fundamentais para garantir o retorno da produção. O cuidado vai desde a produção dos ovos ao controle e manejo das aves.
 
O ambiente foi construído de acordo com as necessidades de cada fase da produção. “O sistema de criação que a gente adotou é o semi-intensivo, recolhemos as aves durante a noite para uma instalação para que elas fiquem ao abrigo de frio, vento, chuva e, durante o dia, elas saem para o piquete para ter acesso ao verde, para poder expressar o comportamento de ave, que é ciscar, andar, ter interação com outras aves”, detalha o funcionário Willian Fernandes Rezende.
 
A criação exige uma ração diferente para cada fase de desenvolvimento. O capim do espaço onde as aves ficam durante o dia também é específico para elas.
 
O galo índio gigante chama a atenção pelo tamanho e beleza. De acordo com Rezende, há características específicas desta raça e que são avaliadas quando se vai registrar a ave na associação de criadores. Entre eles estão altura, peso, tipo da crista e o pé amarelo.
 
Segundo o funcionário, além da produção exclusiva de galos gigantes, a fazenda também iniciou o cruzamento destas aves com galinhas caipiras.
 
“Desde que sejam animais que consigam reproduzir, com alimentação balanceada, reduzimos o tempo de abate de 6 a 7 meses para 4 meses. A produção de carne é bem maior e orendimento de carcaça, melhor”, garante Rezende.

Ver o vídeo da reportagem AQUI

 

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