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08/02/18 às 10:15

Parque do Xingu - Baiano Filho intermedeia demandas entre Estado e Kaiapós

Naiara Martins da assessoria

AguaBoaNews

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Parque do Xingu - Baiano Filho intermedeia demandas entre Estado e Kaiapós

Foto: Assessoria

O deputado Estadual Baiano Filho e o secretário Chefe da Casa Civil Max Russi se reuniram com o cacique Raoni Metuktire e representantes da etnia Kaiapó para discutir a implantação de melhorias ligadas à manutenção das comunidades localizadas no Parque Nacional do Xingu,  região Araguaia.
 
Entre as demandas, os lideres indígenas solicitaram ao Governo do Estado apoio logístico para a mudança da Aldeia Piaraçu para cerca de dois quilômetros do local atual, ainda dentro do Parque Indígena do Xingu. A mudança tem o objetivo de resguardar a segurança da população, especialmente das crianças. O pedido se deve ao crescimento do trânsito nas estradas vicinais próximas a aldeia.
 
Os indígenas também pediram ao Estado que execute a abertura de uma estrada de 30 km de extensão garantindo o acesso de uma das aldeias até a rodovia MT-322. Segundo os representantes, o único acesso à comunidade se dá pelo rio Jarinã, o que dificulta o transporte de crianças e idosos, como também a entrada e saída de alimentos na aldeia. Baiano pediu prudência ao cacique quanto à possibilidade de abertura da estrada, sendo preciso iniciar o processo para licenciamento ambiental junto ao IBAMA e a FUNAI. “Temos que ter prudência, a abertura de uma estrada envolve desmatamento, retirada de cascalho entre outras providencias, e por estar dentro da reserva indígena é preciso tramitar o licenciamento junto aos órgãos responsáveis”, orientou Baiano ao defender que o cacique dê início aos projetos, para que então, o Estado possa auxiliar nos trâmites necessários.
 
A definição de uma alternativa para substituir o uso do fogo na limpeza de áreas produtivas, como roças e lavouras, também discutida com o Estado. Os indígenas explicaram que as aldeias Piaraçu, Capoto e Metuktire concentram a maior produção de alimentos em toda a reserva, e que o registro excessivo de focos de calor em períodos de plantio gerou preocupação aos órgãos ambientais, que proibiram a prática nas comunidades. Para tanto, os indígenas pediram o apoio do Estado para o fornecimento de maquinários e equipamentos para a limpeza mecanizada das lavouras.
 
Baiano chegou a propor que as aldeias definissem uma única área para plantio, e que neste espaço o Estado pudesse auxiliar no preparo das terras, a exemplo do trabalho já desenvolvido por Baiano junto a Reserva Pimentel Barbosa, em Ribeirão Cascalheira, onde as 13 aldeias elegeram uma área principal para plantio e posterior distribuição dos alimentos. Neste formato, Raoni definiu que os plantios sejam concentrados na aldeia Piaraçu, às margens da MT-322, o que garantirá fácil acesso para entrada/saída de insumos e maquinários. O secretário Max Russi, que conduziu o diálogo garantiu que envolverá a Secretaria de Agricultura Familiar na viabilidade da demanda.  
 
Quanto à pavimentação da MT-322/BR-080, que liga Matupá à Confresa, Baiano explicou que a ansiedade das comunidades indígenas pelo asfalto é tão grande quanto à vontade dos produtores e usuários da travessia na região. Mesmo já licitada, a pavimentação da rodovia ainda depende dos estudos indígenas e ambientais, que deverão ser formalizados durante audiências públicas em cada uma das 17 aldeias que compõem o parque, para somente então as licenças serem homologadas pelos órgãos federais.
 
Baiano acrescentou que apesar da relevância econômica da rodovia, que corta o Parque do Xingu no sentido leste/oeste, ele ainda vê como distante o início das obras. “Temos trabalhado insistentemente com o Estado para manter a trafegabilidade da rodovia, principalmente nos períodos mais críticos para a retirada da safra, temos cumprido nosso papel de garantir o trafego, e apesar de participarmos de todas as tratativas que envolvem o início das pavimentações, precisamos ser realistas ao avaliar que ainda faltam etapas importantes a serem cumpridas”, concluiu Baiano.    
 
Na audiência, também ficou definido os tramites para a construção de uma Escola Indígena na Aldeia Capoto, em Peixoto de Azevedo.

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