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17/12/17 às 00:58

Selic deve cair para 6,75% e atingir menor índice da história em 2018, diz economista-chefe do Bradesco

Em reunião do G100 Brasil, Fernando Honorato também apontou os três pilares da retomada econômica, que deve se manter no ano que vem

Enviada por Rodrigo Dias Gomes, Cunha Vaz Brasil

AguaBoaNews

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São Paulo, 15 de dezembro de 2017 - A taxa Selic deve cair ainda mais em 2018 e atingir seu menor índice da história. De acordo com o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, em reunião do G100 Brasil realizada nesta quinta-feira (14), em São Paulo, a expectativa é de que o Banco Central reduza a taxa básica de juros da economia brasileira a 6,75% ou menos até o fim do ano.
 
Caso esse patamar seja atingido, seria não apenas a menor taxa da história, reduzindo 0,25% dos 7% atuais, mas também mais baixa do que em alguns países emergentes, como o México. “Essa queda significa uma injeção da ordem de 70 bilhões no bolso do consumidor, que passará a pagar menos juros de seus empréstimos”, aponta o economista.
 
O setor privado também tende a ganhar com a queda da Selic, sobretudo na estabilização do cenário de dívida: “Para as empresas, isso significa menor endividamento em 2018, aumentando os lucros e ajudando na recomposição dos balanços”, completa Honorato.
 
Retomada em três pilares

Segundo o economista, o cenário de recuperação econômica cíclica pautada pelo consumo deve se manter em 2018 por conta de três pilares fundamentais: o menor endividamento das famílias, que passam a ter balanços mais ajustados; a retomada de empresas e indústrias, que diante de um cenário de estoques reduzidos tendem a aumentar a produção e gerar empregos; e a ausência de pressões inflacionárias, com salários contidos e menores acordos coletivos em 20 anos.
 
O desafio, no entanto, é lidar com dois riscos, sendo um de ordem global, que é uma possível alta da taxa de juros dos Estados Unidos no ano que vem, que pode ser parcialmente mitigado pelo efeito positivo nas exportações e no preço das commodities, e um de ordem local, que é a transição política e suas implicações na resolução da situação fiscal e na capacidade do país de atrair investimentos.
 
Além de Fernando Honorato, a 88ª reunião do G100 Brasil promoveu o debate entre economistas, empresários e diversas lideranças. O encontro foi realizado no escritório da Trench Rossi Watanabe, na zona sul de São Paulo.

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