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14/09/17 às 09:41 / Atualizada: 14/09/17 às 12:42

Operação Malebolge - Por ordem do ministro Luiz Fux PF cumpre mandado de busca no apartamento de Blairo Maggi e no gabinete do deputado Ezequiel Fonseca em Brasília

Fux ordena buscas no gabinete do deputado Ezequiel Fonseca

Redação AguaBoaNews

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Operação Malebolge -  Por ordem do ministro Luiz Fux  PF cumpre mandado de busca no apartamento de Blairo Maggi e no gabinete do deputado Ezequiel Fonseca em Brasília

O bloco onde mora o ministro, na 309 sul, registra entra-e-sai de policiais desde o início da manhã.

Foto: Divulgação

A Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão, nesta quinta-feira, 14, na residência do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em Brasília, por determinação do ministro Luiz Fux, relator no Supremo Tribunal Federal da operação que investiga delações do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa.A residência de Maggi fica na 309 Sul, onde se localizam os apartamentos dos senadores, em Brasília. ele é investigado na acusação de integrar organização criminosa, após ter sido citado na delação premiada do ex-governador do PMDB-MT. O pedido de busca, acatado por Fux, é da Procuradoria-Geral da República.

Segundo Silval, Maggi teria participado de um esquema de corrupção no Mato Grosso, onde o ex-ministro também foi governador. Em delação, Silval contou ao Ministério Público Federal (MPF) que o senador Cidinho Santos (PR-MT) prometeu ajuda de Maggi, além do governador de Mato Grosso, Pedro Taques, e do senador Wellington Fagundes (PR-MT) para que ele não fizesse o acordo de delação. A colaboração acabou homologada em agosto desde ano pelo ministro Fux.

Outros mandados

Além da casa de Blairo Maggi, a PF cumpre mandados no gabinete do deputado Ezequiel Fonseca (PP-MT) na Câmara. Diligências também são realizadas em São Paulo e no Mato Grosso. No total, são cumpridos mandados em 64 endereços.

O ministro Luiz Fux determinou buscas na casa e no gabinete do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB). Ele foi gravado com Silval recebendo maços de dinheiro, que guardou nos bolsos.
Fux determinou também o afastamento de conselheiros do Tribunal de Contas do Mato Grosso.

Atualização às 10h25 - PF termina busca na casa de Blairo Maggi e sai com malote e computador

Três agentes da Polícia Federal deixaram pouco antes das 9h30 desta quinta-feira, 14, o apartamento do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em Brasília carregando um malote e uma matriz de computador (CPU). Não há informação se durante a ação o ministro estava na residência, localizada na Asa Sul, área central da capital federal.A busca e apreensão de documentos e objetos no local ocorreu nesta manhã no âmbito da Operação Malebolge, 12ª fase da Ararath, que investiga esquema de corrupção em Mato Grosso. Maggi é citado na delação premiada do ex-governador do Estado Silval Barbosa (PMDB).

Ao todo, os agentes cumprem mandados em 64 endereços, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Araputanga, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Juara, Sorriso e Sinop, todas em Mato Grosso, além de Brasília e São Paulo.


Operação Malebolge é desdobramento da operação Ararath (12ª fase) - O nome da operação, Malebolge, citado no poema A Divina Comédia, significa "bolsas maldidas". "O oitavo círculo do inferno é dividido em 10 vales (bolsas) circulares. Dentro de cada vala é punida uma modalidade de fraude".

 
NOTA DE ESCLARECIMENTO DO MINISTRO BLAIRO MAGGI
 
Sobre a operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (14), esclarecemos que:
 
1. Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade. 
 
2. Ratifico ainda que não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato, conforme aponta de forma mentirosa o ex-governador Silval Barbosa em sua delação.
 
3. Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional. 
 
4. Por fim, ressalto que respeito o papel da Justiça no cumprimento do seu dever de investigação, mas deixo claro que usarei de todos os meios legais necessários para me defender e reestabelecer a verdade dos fatos. 
 
Blairo Maggi

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