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28/07/17 às 12:14

Protesto - Sem-terra invadem trilhos da Ferronorte

Integrantes do MST invadiram os trilhos da ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte), em Rondonópolis

Joanice de Deus, Diário de Cuiabá

Edição para ÁguaBoaNews, Clodoeste Kassu

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Protesto - Sem-terra invadem trilhos da Ferronorte

Integrantes do MST ocupam trecho da Ferronorte, em Rondonópolis: protesto contra o governo Temer

Foto: Divulgação MST

Depois da ocupação da fazenda da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), localizada às margens da BR-163, em Mato Grosso, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), invadiram os trilhos da ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte), em Rondonópolis, na madrugada da última quinta-feira (27).

A ocupação dos trilhos foi feita por cerca de 240 pessoas e ocorre a cerca de 3 quilômetros da Fazenda da Amaggi. Cerca de 80 vagões teriam sido impedidos de chegarem à Rondonópolis. Os protestos ocorrem em todo país e começaram na última terça-feira, em prol da "luta pela reforma agrária" e contra as reformas trabalhista, previdenciária e de terceirização, propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB).

Coordenadora estadual do MST, Idalice Nunes, informou que a ocupação na fazenda foi mantida, mas parte do grupo migrou para os trilhos da ferrovia como uma forma de fortalecer o movimento. “Nossa luta é contra o agronegócio que só enriquece os mais ricos e produtores, enquanto esquece-se da população dos mais pobres. O próprio ministro Blairo Maggi representa o interesse destes que querem a ampliação da Ferronorte”, afirmou.

Para os manifestantes, o modal de transporte representa tudo o que o movimento luta contra e está longe de melhorar a qualidade do transporte das pessoas, sendo que apenas irá gerar mais riquezas apenas ao agronegócio. A previsão era de que os trilhos fossem liberados no fim da tarde de ontem. Em Mato Grosso, a Ferronorte conta com terminal intermodal de cargas em Rondonópolis, Alto Taquari, Alto Araguaia e Itiquira. Além disso, o governo do Estado discute a ampliação da ferrovia de Rondonópolis para Cuiabá.

Já a ocupação da Fazendo do Grupo Amaggi ocorreu na última terça-feira. Por meio da assessoria de imprensa, o grupo informou que a Fazenda SMO2-B é produtiva e, que incialmente, estava preocupada com a integridade física dos 17 colaboradores e familiares que residem na fazenda e está tomando as providências necessárias para garantir a segurança dos mesmos.

Paralelamente, também buscava os meios legais para reestabelecer a ordem em sua unidade. Ontem, a assessoria de imprensa do grupo informou apenas que a área continua ocupada e que a assessoria jurídica continuava estudando medidas jurídicas ou legais a serem tomadas em relação a invasão.

Mas, as invasões ocorrem em outras regiões do país. Além da fazenda da família do ministro da Agricultura, integrantes do MST também ocuparam a fazenda Esmeralda, no interior de São Paulo, registrada como sede da empresa Argeplan (Arquitetura e Engenharia Ltda), do empresário João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer.

Outra área foi a fazenda Santa Rosa, no município de Piraí, região Sul Fluminense, propriedade que pertenceria ao ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira. Segundo o MST, a ocupação das terras faz parte da jornada nacional de luta pela reforma agrária com o lema "Corruptos, devolvam nossas terras!".

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  • por Bruno Nelseu Peters, em 28/07/17 às 18:54

    Esses PELEGOS dos sem terra passaram 13 anos mamando o suor do povo brasileiro e não se preocuparam em reivindicar terra, porque eram sustentados pelo governo ptralha. Agora a TETA secou voltaram as badernas BALA NA NUCA desses arruaceiros de MAMANDO A CADUCANDO

 
 
 
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