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18/08/15 às 16:15 / Atualizada: 18/08/15 às 19:12

Dona da rede Porcão vai vender frigoríficos de Nova Xavantina (MT) e Itupeva (SP) para focar em churrascarias

A Brazal Alimentos, controladora das churrascarias Porcão e que está concluindo fusão com a Brazcarnes, pretende iniciar o processo para venda de seus dois frigoríficos, num movimento em que busca levantar recursos para expandir no negócio de restaurantes no Brasil e no exterior, disse o acionista e presidente da companhia, Lucas Zanchetta, à CarneTec.

 A empresa tem uma planta de processamento de carnes em Itupeva (SP) e outra unidade de abate de bovinos em Nova Xavantina (MT), ambas atualmente arrendadas à Marfrig.

“Pretendemos desmobilizar esses ativos, vendê-los, para investir nas churrascarias”, disse Zanchetta, ao acrescentar que a empresa está fechando a contratação de banco que será responsável por realizar a venda dos frigoríficos, processo que deve ser iniciado em julho.

 A Brazal Alimentos, antiga Brasil Foodservice Group, está em processo de fusão, desde o ano passado, com a Brazcarnes, dona da rede de churrascarias Vento Haragano e da qual Zanchetta também é presidente.

 A conclusão do negócio depende da entrega dos balanços financeiros de 2014 e dos resultados financeiros trimestrais de 2015 da Brazal. A apresentação dos resultados deve acontecer dentro dos próximos 30 dias, segundo Zanchetta.

 O executivo disse que a empresa resultante da fusão vai se expandir no Brasil e no exterior para tornar-se a maior rede de churrascarias do mundo, superando a Fogo de Chão.

“Nosso foco é ficar somente na área de alimentação e de food service”, disse Zanchetta. Ele informou que a Brazal também pretende vender sua termelétrica de 148 megawatts no Espírito Santo no futuro.

Reestruturação e expansão
A Brazcarnes acertou parcerias com grupos de investidores em Dubai, China, Estados Unidos e Europa para abertura de pelo menos quatro churrascarias em cada um desses locais em 2016.

Os locais exatos e a decisão por abertura de churrascarias Porcão ou Vento Haragano estão sendo avaliados pelo grupo. Zanchetta disse que, na Europa, a Alemanha seria uma forte candidata a receber o primeiro restaurante do grupo no continente. Já nos Estados Unidos, algumas das cidades consideradas são Houston e Chicago.

Zanchetta calcula que será necessário um investimento total de US$ 5 milhões para a abertura de cada uma das unidades no exterior, dividido entre a empresa e os investidores parceiros.

Após a fusão ser finalizada, a empresa também avalia adquirir churrascarias em cidades brasileiras.

“Estamos olhando pequenas redes em cidades em que não estamos, e que têm condições de serem transformadas em Vento Haragano e Porcão”, disse o executivo, ao mencionar cidades como Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE) e outras do interior de São Paulo, como Ribeirão Preto.

Antes de partir ativamente para a expansão, a empresa também pretende completar a reestruturação da rede Porcão, que vinha passando por dificuldades nos últimos anos.

Zanchetta assumiu a administração da rede Porcão em janeiro, e desde então foram fechados restaurantes deficitários, aqueles com o conceito gourmet. A intenção é manter apenas as casas de rodízio, superavitárias.

Duas unidades do Porcão no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca e em Ipanema, ficarão fechadas temporariamente para reestruturação, por aproximadamente 60 dias. A intenção é mudar o enxoval da casa e treinar funcionários, também visando a promover a marca durante as Olimpíadas de 2016.

Estão sendo investidos R$ 50 milhões na reestruturação da Porcão, valor que Zanchetta espera recuperar em cerca de três anos para a companhia. A reestruturação dos restaurantes deve ser totalmente finalizada nos próximos seis meses, segundo o executivo.

Vendas no varejo e fornecedores
Zanchetta disse ainda que a empresa pretende lançar, no segundo semestre, uma linha de carnes com a marca Porcão para venda no varejo, com produtos como hambúrguer de picanha Black Angus, entre outros. Os produtos irão utilizar carne de fornecedores australianos importada.

“Nós já importamos essa carne para a Vento Haragano e, agora, estamos levando para o Porcão também”, revelou.

Para os novos restaurantes, Zanchetta disse que o grupo não tem contratos de exclusividade firmados com nenhum fornecedor e, portanto, está sempre aberto para conversar com novos frigoríficos.

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