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30/05/18 às 11:13

A culpa é do governo Temer

O antigo PMDB, atualmente, MDB foi maior e o aliado preferencial dos governos Lula e Dilma, dividindo com o PT e diversas outros partidos, a grande maioria que continua apoiando o Governo Temer. Neste contexto, Temer e seus parceiros são co-responsáveis por todas as mazelas que o atual governo imputa aos dois governos anterioes.

Em um dado momento, quando Temer escreveu o documento “Uma ponte para o futuro”, na verdade estava balizando as manobras, consideradas golpistas pelo PT e demais partidos de esquerda, antigos aliados nos governos Lula/Dilma, que culminaram com o “impeachment” de Dilma, possibilitando a Temer e ao MDB ocuparem a Presidência da República, sem ter a chancela dos eleitores.

O Governo Temer tem sido fustigado duramente nesses pouco mais de dois anos por acusações e investigações de corrupção, incluindo o próprio presidente que, por duas vezes, só escapou de ser investigando e processado pelo STF, graças a uma maioria constituida por parlamentares fisiológicos e mais de uma centena também investigados por corrupção, além de mais de dez de seus ministros que também estão sendo investigados por crimes de colarinho branco e alguns que até ja estão presos.

As diversas pesquisas de opinião pública tem  demonstrado que Temer é, ao lado de Sarney, também “medebista” que herdou um governo sem votos, gracas `a morte de Tancredo Neves, um dos ou talvez o mais impopular governate da história republicana, em mais de um século. Os niveis de rejeição do governo Temer e a avaliação extremamente negativa que a população faz do desempenho do próprio presidente, o deixa sem apoio nas massas, diferente de Lula, que , mesmo preso continua sendo o preferido dos eleitores, conforme todas as pesquisas de opiniã vem demonstrando, inclusive uma do IBOPE e outra do Vox Populi desta semana.

Diante de um governo que podemos denominar de incompetente, principalmente por não conseguir planejar suas ações, que ocorrem ao sabor do momento ou da cirse em curso e que não tem visão estratégica e nem dialética dos fatos politicos, econômicos e sociais, a gota d’água foi a indicação de Pedro Parente para a direção da Petrobrás, um Tucano da época de FHC, de quem o PMDB e o proprio Temer eram parceiros  e sócios, com carta branca para fazer o que bem entendesse, para “recuperar” a maior estatal brasileira, dilapidada e destruida pela corrupção, da qual o partido de Temer também participou, conforme a LAVA JATO vem demonstrrando sobejamente.

Ao alinhar os preços dos combustíveis, inclusive do etanal que é produzido no Brasil, aos preços internacionais do petróleo e `a variação do dollar, estava sendo montada uma bomba relógio que iria explodir no colo do governo, como aconteceu com aquela bomba do Rio Centro que explodiu, literalmente, no colo de um militar que participaria de um grande atentado durante o periodo dos governos militares.

Além disso, Temer herdou, para sua desgraça uma enorme carga tributária que vem sendo elevada continuamente desde o governo FHC e que hoje já beira os 40% do PIB brasileiro, sem que o cidadão e a população consigam ver os frutos desta extorsão tributária na forma de servicos públicos de qualidade. O povo é sacrificado, paga trilhões de reais em impostos, taxas e contribuições e nada recebe em troca, o que não deixa de ser uma vergonha nacional.

O Governo Temer, além  de impopular e incompetente, também tem se mostrado fraco, pusilânime diante do crime organizado que age abertamente, diante da corrupção que continua correndo solta no país e em seu próprio governo; diante dos politicos fisiológicos que não apenas chantageiam seu governo mas também estão com um pé em duas canoas,prestes a abandoner o barco; e, agora, diante desta greve dos caminhoneiros e dos grandes grupos empresariais ligados ao setor de transporte, um setor marcado também por muita corrupção, verdadeiras máfias que agem contra os interesses do povo não apenas no transporte urbano, mas também no transporte intermunicipal e de cargas.

Mesmo tendo aceito, de joelhos, todas as reivindicações dos caminhoneiros e dos empresarios do setor de transportes; ou mesmo tendo ameaçado o uso da força policial e dos militares não tem  conseguido acabar com a greve e possibilitar o retorno da normalidade neste setor estratégico da vida nacional, colocando em risco não apenas as atividades econômicas, mas a vida das pessoas.
Diante da arrogância dos grevistas e indignação da população tem faltado ao Governo Temer a coragem para o uso da forca para por fim a esta crise, que a cada dia se torna mais grave e que poderá encurtar seu mandato ou até mesmo colocar em risco a estabilidade democrática e institucional.

A bomba está com o pavio  embebido em gasolina e pronta para explodir, só está faltando quem vai acender o pavio, com muita probabilidade antes de meados de setembro, quando termina o mandato da Ministra Carmem Lúcia como presidente do STF e em seu lugar será empossado o ministro Dias Tofoli, antigo colaborador de José Dirceu, o todo poderoso ministro do Governo Lula. Quem viver verá!
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