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26/09/15 às 16:12

Sem rodeio, livro mostra a história de Riva

Zezé, na intimidade familiar. Diabo, pra seus críticos. Deus ou Santo, para o grupo de seguidores que não o abandonou. Carta fora do baralho para os companheiros que estiveram ao seu lado nos bons momentos. Contar a trajetória do capixaba José Geraldo Riva ou simplesmente Riva, não é fácil: quando se fala sobre seus acertos, os que não o engolem levantam vozes poderosas como se disparassem balas de prata no coração de vampiro na esperança de matá-lo. Quando ele é alvo de críticas, ouve-se – dentre outros - aplausos de mãos que gravitaram em seu círculo.

Escrever sobre Riva é botar a mão em vespeiro. Mesmo assim, decidi publicar em livro a biografia não autorizada dessa figura polêmica que por duas décadas foi campeão de votos em Mato Grosso, controlou a Assembleia Legislativa, deu cartas no Palácio Paiaguás e agora está enrodilhado por processos que podem botá-lo na cadeia, onde recentemente esteve algumas vezes sob a acusação de improbidade administrativa.

Em outubro começarei a botar no papel o apanhado de informações sobre Riva, que armazenei ao longo de anos. Se me permitem, digo que o material será sensacional pela leveza do texto, por seu conteúdo histórico e outros ingredientes.

Espero que o livro sobre Riva circule no final de janeiro de 2016. Antes de mergulhar nesse projeto terei que botar em circulação o livro “Dois dedos de prosa em silêncio” – pra rir, refletir e arguir - que está em fase final de encadernação e nos próximos dias chegará aos residentes em Cuiabá, Barra do Garças, Lucas do Rio Verde, Sinop, Cáceres, São José do Xingu, Diamantino, Matupá, Alta Floresta, Sorriso, Chapada dos Guimarães, Jaciara, Barra do Bugres, Araputanga, Juína, Colíder, São Félix do Araguaia, Tangará da Serra, Campo Verde, Alto Araguaia, Canarana, Pontes e Lacerda, Paranatinga, Comodoro, Guiratinga, Campo Grande, Corumbá, Goiânia, Barretos e Brasília, que compraram exemplares (pequena parte já foi entregue), aos quais agradeço de coração. Foi graças a essa vendagem que levantei fundo pra pagar a impressão e a equipe que trabalhou comigo naquela obra. Sei que o volume vendido foi pequeno, mas entendo que isso se deve ao fato de que em Mato Grosso impera o arraigado costume da distribuição gratuita de jornais, revistas e livros. Também sei que não conseguirei mudar essa prática, mas nem ela me esmorece. Acredito que um significativo número de parentes e amigos das figuras homenageadas em Dois dedos... ficará eternamente agradecido pelo tratamento dispensado por mim, na obra, àqueles vultos (Padre João Henning, Candinho Borges Leal, Rogério Salles, padre João Salarini, Munefume Matsubara, Wellington Fagundes, Liu Aruda, Nhonhô Tamarineiro, Maurício Tonhá, padre Miguel Rodas, Luizão, Masanobu Kuzurayama. Osmar Kalil Botelho Filho/Mazinho, Clóves Vettorato, Gilmar Mendes, Afro Stefanini, Jair Mariano, general Maurer, Carlos Bezerra, B. Cunha, Júlio Campos, Marinho Franco, Serys Slhessarenko, Marco Aurélio Fullin e tantos outros).

A obra sobre Riva já tem título – cá pra nós, um senhor título -, mas que não será revelado agora. Sua produção não contará com recursos das leis de incentivo cultural e sua tiragem será compatível com a demanda literária em Mato Grosso.

Nas páginas também estarão muitos que foram coadjuvantes, apoiadores e admiradores de Riva. Esses personagens serão mostrados por sua conduta no ontem do chefe ou líder cheio de glória e poder, e no hoje, depois que o império do Zezé, do Riva, do Diabo, do Deus e do Santo desmoronou ou quase isso.

Finalizo sobre a biografia não autorizada de Riva dizendo que a mesma não será obra bajulativa nem ofensiva. Seu texto será realista mostrará a verdadeira história de Riva, sem o salamaleque da imprensa (que foi) amiga e do veneno de seus críticos.          
     
 
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