Artigos / Juacy da Silva

15/01/16 às 10:23

A ÚLTIMA MENSAGEM DE OBAMA

Na terça feira, 12 de janeiro de 2016, OBAMA  teve a oportunidade de dirigir-se `a Sessão conjunto do Congresso Americano e também aos ministros da Suprema Corte e centenas de convidados, quando apresentou sua última mensagem intitulada  “O  ESTADO DA UNIÃO”, quando, a  cada ano os presidentes dos EUA fazem  um balanço  da siuação nacional e apontam as ações para o ano em curso.
 
Como  OBAMA  está iniciando o seu oitavo e último ano como presidente e como politico, pois nos EUA  quando uma pessoa ocupa  o cargo de  Presidente não pode mais concorrer a nenhum cargo público, coube ao Presidente efetuar um balanço bem resumido de seus sete anos de governo, apontar algumas ações em curso e  aproveitar o momento para refletir sobre o futuro do país e seus grandes desafios, para continuar sendo  uma superpotência, líder mundial em quase todas as áreas e também afirmar que mesmo assim os EUA não podem ser considerados a polícia do mundo, numa alusão `as tentativas de seus opositores que o acusam de não  agir de forma mais firme e direta contra ameaças que podem surgir principalmente no cenário internacional.
 
No  front  externo Obama destacou como  pontos positivos  a retirada de mais de 150 mil soldados que  participavam da Guerra no Afeganistão; a morte d Bin Laden; o acordo  com o Irã para desativar o programa  nuclear daquele país em troca da suspensão do  bloqeio econômico ao país; o reatamento das relações diplomáticas com Cuba,  as ações em parceria  com outros países na Guerra civil na Síria; a conclusão do acordo de livre comércio com países asiáticos , o Trans-pacífico.  Enfatizou que a bola agora  está com o Congresso, por enquanto e durante todo o mandato de Obama, de maioria Republicana, a quem  cabe aprovar o acordo transpacífico,  a suspensão do embargo comercial a Cuba, o acordo com o Irã  e o fechamento da base naval Americana em Guantanamo e sua devolução a  Cuba. Destacou como muito importante o combate sem tréguas ao terrorismo em todos os lugares que esteja  presente, principalmente  enfrentar  as ameaças do Estado Islâmico.
 
No plano interno destacou a aprovação  do OBAMACARE,  seguro de saúde que possibilitou a inclusão de mais de 23 milhões de pessoas que não tinham acesso a saúde, que nos EUA  é praticamente toda privatizada; a recuperação da economia que voltou a crescer nos últimso cinco anos , gerando mais de 12 milhões de empregos; o aumento real do poder aquisitivo  da população;  avanços na educação, um grande salto na questão ambiental, principalmente através do crescimento  da oferta  de energia gerada por fontes alternativas, principalmente a eólica  e solar;   a redução drástica da dependência externa do petróleo,  enfatizando que hoje  o país é o maior produtor de petróleo do mundo. Destacou também o esforço que vem fazendo para controlar e restringir o comércio de armas, como forma de reduzir os índices de violência, com uma cutucada nos republicanos que tem dificultado a aprovação de leis que aumentem impostos sobre fabricação e comercialização de armas e um controle mais rigoroso para quem deseja comprar uma arma de fogo.
Em  resposta aos seus opositores e outros setores que costumam dizer que os EUA  estão perdendo espaço para a China ou outros países OBAMA disse que os EUA continuam fortes e em condições plenas para garantirem a segrança interna do país e defenderem os interesses norteamericanos ao redor do mundo, ou  seja, por muito tempo serão e deverão  ser uma potência econômica, científica, tecnológica e militar, mas que tudo isso  não dispensa  o trabalho da diplomacia como mecanismo  para a solução de conflitos  interncionais e o império da Lei e da Ordem, com  respeito aos direitos civis,  das pessoas e das minorias internamente.
 
Dirigiu  uma crítica direta, sem citar nomes, aos postulantes republicanos, principalmente a Donald Trump, líder  das preferências entre os republicanos para concorrerem  `a Casa Branca em novembro próximo, dizendo que o país não pode alimentar o ódio e preconceito contra imigrantes  ou pessoas que desejam  entrar nos EUA, por motivos religiosos, raciais ou étnicos;  e que a grandeza dos EUA  decorre de sua abertura  histórica para pessoas vindas de todos os países e continentes e que esta miscegenação representa  uma grande conquista para o futuro do país.
 
Sem mencionar a disputa presidencial  criticou a política com “p” minúsculo e a influência do poder econômico nas eleições que acabam deturpando o proceso democrático e facilitando os interesses dos grandes grupos econômicos nas estruturas do poder.
 
O recado de Obama foi muito mais para milhões de telespectadores e eleitores do que apenas para uma platéia  que a cada ano comparece ao Congresso Americano para ouvir seus presidentes. Foi uma profissão  de fé nas instituições nacionais, no país e nas gerações futuras a quem caberá o papel de promover as mudanças que o país necessita no presente para superar seus desafios e garantirem oportunidades reais para todos.
Juacy da Silva

Juacy da Silva

Juacy da Silva, professor titular aposentado Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador da Pastoral da Ecologia Integral.
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