Parece que o chamado “inferno astral” de Dilma a cada dia mais se complica, deixando poucos espaços para manobas em todas as direções, tornando-a isolada, acuada e dificultando o seu processo de decisão.
No campo politico a prisão do ,ainda senador, Delcídio Amaral, do PT/MS, seu líder no Senado foi uma surpresa que nem ela e muito menos pessoas de seu círculo íntimo sabiam. Com o passar do tempo pode acontecer de o mesmo acabar fazendo delação premiada e abrindo o bico. Nesta caso pode complicar em muito a situação de Lula e de Dilma, em relação as negociatas quando da compra da refinaria Passadena, nos EUA, ocorrida quando Lula era Presidente e Dilma a ponderosa ministra-chefe da Casa Civil, em substituição a José Dirceu, o outrora quase primeiro ministro e que acabara de ser denunciado publicamente como o chefe do Mensalão.
A prisão de diversos empreiteiros, do doleiro Yousef e mais recentemente do mega fazendeiro de MS Bumlai, amigo de Lula e pessoa ainda muito influente no submundo do Governo também está ajudando a tirar o sono de Dilma. O tal amigo de Lula foi preso recentemente e resolveu também abrir o bico e revelar que fez o papel de laranja para um empréstimo junto ao Banco Schain, de 12 milhões de reais e que teria repassado este dinheiro ao PT, que o utilizou para camapnhas políticas.
Outra investigação que também está em curso no TSE sobre o uso de dinheiro oriundo da corrupção na Petrobrás e que teria irrigado as campanhas eleitorais de Lula e de Dilma ainda continua como uma espada sobre o pescoço da Presidente , mas que pode cassar o registro da chapa Dilma/Temer e como consequência anular a diplomação de ambos, a perda do mandato da Presidente e seu vice, abrindo caminho para novas eleições presidenciais.
Ai surge o que podemos chamar de mega ou hiper preocupação que é o processo de impeachment que estava dormindo nas gavetas de Eduardo Cunha, por meses, mas que, por inabilidade política do PT acabou escapando ao controle politico do governo e o Presidente da Câmara em retaliação ao que chama “uma perseguição “ do Palácio do Planalto ,em colaboração com o Ministério Público, estaria colocando em risco não apenas seu cargo de Presidente como também seu mandato de deputado.
Esta queda de braço tendo de um lado Dilma e o PT e de outro Eduardo Cunha e parcela considerável do PMDB, incluindo o Vice Presidente Michel Temer, que também é Presidente do PMDB, acabou também ajudando a vitória da chapa alternativa na eleição que escolheu a comissão especial que vai iniciar a análise do processo de impeachment.
Coube ao PCdoB e outros partidos menores, considerados como sub-legendas do PT, arguirem vários aspectos do processo e dos ritos do impeachment junto ao STF, que paralizou a instalação da citada comissão na Câmara Federal até que o STF julgue em definitivo a ação do referido partido. Na sessão desta úlima quarta feira o Ministro Fachin, relator do processo, não acatou a maior parte dos pleitos e o tema ainda aguarda pelo julgamento do pleno do STF, que, tudo leva, a crer será desfavorável a Dilma.
Para barrar o processo do impeachment na Câmara são necessários 177 votos de deputados fiéis a Dilma. Caso o desfecho do assunto fique para depois de março, quando a crise econômica e social poderá estar muito pior do que hoje e se o PMDB romper com o Governo, vai ser muito difícil conseguir esses votos.
Nesta quarta feira também mais uma agência de classificação de risco desqualificou o Brasil e isto coloca nosso país no rol dos países caloteiros e um lugar não seguro para investimentos estraneiros, causando inicialmente uma fuga de mais de 20 bilhões de dólares, agravando ainda mais a economia e as contas públicas que já vão iniciar o ano de 2016 com um deficit de mais de 120 bilhões de reais.
Existe também um desgaste enorme do ministro da fazenda, Joaquim Levy, que desde o início de sua chegada ao governo tem sido hostilizado por Lula e o PT, desgastando-o públicamente, como acaba de acontecer com o estabelecimento das metas fiscais, principalmente o superavit primário, para pagar um pouquinho ou quase nada da enorme e crescente dívida pública, que em janeiro deverá estar por volta de 2,42 trilhões de reais, quando o PIB terá encolhido em 3,5% e a arrecadação federal sendo reduzida em torno de 8%, um quadro complicado para a ser administrado, agravado pelo apoio otensivo da ponderosa FIESP ao proceso de impeachment.
Caso alguns ministros como o da Fazenda, o do turismo e o da Ciência e Tecnologia, esses dois ultimos do PMDB e que tiveram suas casas vasculhadas pela Polícia Federal em busca de provas contra os mesmos em processos de investigação de corrupção, sejam forçados a deixarem o Goveno Dilma, com certeza este fato pode ajudar a aprofundar a crise;no caso do Ministro da Fazenda, a crise economica e no caso dos dois últimoas a crise política.
Por ultimo vem as vozes da maioria silenciosa, através das pesquisas de opiniao pública como a última do início desta semana em que a avaliação do Governo e da Presidente bateu mais um record, a pior desde o fim do Governo Militar, pior até mesmo de Collor no auge de seu impeachment/renúncia.
O Brasil precisa desatar este nó em que está colocado pela mediocridade do Governo Dilma.